terça-feira, 28 de abril de 2009

O Rio de Janeiro continua lindo

Isso é fato. Apesar das notícias de violência que estampam as manchetes todos os dias, a Baía de Guanabara não tem pra ninguém.

Estive lá mês passado, estive lá semana passada de novo, quando fui assistir ao musical "Tom e Vinícius", no teatro Carlos Gomes, no centro. E me senti numa cidade maravilhosa daqueles tempos, onde não existiam tiroteiros e as pessoas faziam festas por prazer e não por dinheiro.



Tudo começa em 1956 quando Vinícius de Moraes e Tom Jobim realizaram a célebre peça "Orfeu da Conceição". Esta foi a primeira vez que o jovem Tom Jobim vislumbrou o sucesso - ele orquestrou e regeu as músicas. E a dupla comemora...

Depois a dupla seduz Eliseth Cardoso a gravar "Chega de Saudade" com o violão de um tal de João Gilberto, da Bahia. "Ele é bom mesmo?" pergunta a Divina que acaba cedendo.



Os inseparáveis também sofrem com a morte da cantora Dolores Duran, se casam e se separam, quando o poetinha vai para Paris.

É engraçado o episódio de convencimento de Tom Jobim a ir para Nova York se apresentar num show que prometia lançar a Bossa Nova para o mundo: o Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. "Morro de medo de avião", confessa o autor do "Samba do Avião", que acaba indo.



Depois de uma chuva de críticas mal-sucedidas sobre o espetáculo, eis que Tomzinho recebe uma ligação de Frank Sinatra, que sofre para aprender a pronunciar o nome da tal praia: Ipanimou, Ipanóia... De repente estão os dois cantando "Garota de Ipanema" para o mundo. A bossa nova explode como o "brazilian jazz" e gera um embate no morro onde o Tom e Vinícius se veem discutindo com os sambistas, que afirmam que o novo ritmo é para "playboy da zona sul". Afinal bossa nova é ou não é samba?
Eu acho que é!

Tudo isso e mais um pouco, permeado pelas mais importantes e belas canções da música criada e praticada por todos os artistas citados. Ponto máximo para Thelmo Fernandes, como Vinicius de Moraes, engraçado, inteligente, inocente e galanteador. Tom Jobim é Marcelo Serrado. Está em cartaz, corre!

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