Mas tristezas a parte, Henfil foi (pra mim) o melhor cartunista do Brasil. Seus desenhos, se formavam a partir de um traço fino e contínuo preto sobre um fundo branco. A falta dos detalhes era suprimida pelo jogo de cintura nos traços. Parecia que ele sempre estava com pressa ao desenhar.
Sua veia artística extremamente minimalista era rechada por uma postura política sempre presente em seus personagens. Foi um grande defensor do regime ditatorial brasileiro e não tinha papas na língua. Xoxou Elis Regina, Roberto Carlos, Pelé, Marília Pera e muitos outros celebrities que, em sua ótica, agradavam os militares.
Henfil também foi jornalista e escritor, tendo tido obras publicadas no Jornal do Brasil, Pasquim e numa infinidades de outros títulos. É muita história boa pra descrever aqui.
Os traços do Henfil me remetem aos traços do holandês Rembrandt (1606 – 1669), um dos maiores pintores do séc 17. Não sabia que ele possuia uma série simples de traços riscados, finos e pretos sobre um fundo branco. Descobri quando estive em sua casa, lá em Amsterdan. Calma, ele não é meu amigo, o local virou um museu.
Olha lá, seu famoso auto-retrato. Não acha que tem a ver ou eu tô viajando?
Não sei se por erro ou desconhecimento, existe um afirmação não verdadeira no texto. A que afirma que Henfil era um defensor do regime ditatorial quando a verdade é exatamente o contrário "Henfil era um defensor ferrenho do fim da ditadura.
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